O Brasil é conhecido como “o país do futebol” e não é à toa. É o único que esteve presente em todas as Copas do Mundo, sendo também o recordista em conquistas (cinco); seus jogadores são reconhecidos e admirados mundialmente; e as torcidas fanáticas enchem os estádios com muita festa e música. E é o país de Pelé, o maior jogador em todos os tempos. (grifo nosso)
Acredita-se que o esporte começou a ser praticado no Brasil em 1894, quando Charles Miller trouxe uma bola da Inglaterra. Naquela época, apenas os ricos e aristocratas jogavam, mas não demorou muito para que o esporte caísse no gosto popular.
Nos primeiros anos de profissionalismo, apenas jogadores brancos eram permitidos nas equipes. Muito por causa de os clubes terem sido fundados por estrangeiros. Uma história curiosa foi a do mulato Carlos Alberto.
Em 1914, jogando pelo Fluminense contra o América, seu ex-clube, ele precisou passar pó-de-arroz no rosto para não quebrar a regra. Mas com o calor e o suor, a maquiagem foi desmanchando e os torcedores americanos começaram a provocá-lo gritando “pó-de-arroz”. O apelido foi adotado pela torcida do Fluminense que passou a saudar o time na sua entrada de campo jogando o pó e talco sobre os jogadores.
Lentamente os negros passaram a ser aceitos em outros clubes. Apesar do que muita gente acredita, foi o Bangu, e não o Vasco da Gama, o pioneiro ao escalar o negro Francisco Carregal, em 1905. Mas o Vasco entrou para a história ao ser campeão carioca em 1923 com um time basicamente formado por operários de maioria negra e mestiça, desbancando de vez a elite branca.
Copa do Mundo no Brasil
Terminada a Segunda Guerra Mundial, a Europa estava devastada e a Copa do Mundo de 1950 não possuía um lugar para acontecer. Como o Brasil participou das três edições anteriores e a América do Sul passou intacta pelo confronto, a Fifa decidiu que o evento ocorreria em nosso país.
Durante o governo de Getúlio Vargas foi construído o maior estádio do mundo, o Maracanã, no Rio de Janeiro, até hoje a mais conhecida praça de futebol do planeta. Infelizmente, o final da competição não foi o melhor e o Brasil foi derrotado em casa pelo Uruguai diante de 200 mil pessoas, ficando com o vice-campeonato e o seu maior trauma esportivo até hoje.
Após essa derrota, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos) colocou a culpa nas camisas brancas do time e decidiu que trocaria as cores. Nasceu assim o uniforme de futebol mais conhecido do mundo. As camisas amarelas com shorts azuis passaram a ser sinônimo de futebol.
Ironicamente, foi com o uniforme reserva que o Brasil conquistou sua primeira Copa do Mundo, oito anos depois, na Suécia. Com camisas azuis e shorts brancos, a inesquecível Seleção Brasileira derrotou os donos da casa por 5x2 e a liderança dos negros Pelé e Didi, juntamente com o mulato Garrincha, ajudou bastante a difundir o esporte entre todas as classes sociais. O futebol passou a ser o principal elemento da identificação nacional, já que reúne pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e diferentes regiões do país.
Com Pelé, o Brasil ainda se sagrou campeão mundial nas copas de 1962, no Chile, e 1970, no México. O Rei do Futebol, como ficou conhecido o jogador, fez seu último jogo de futebol pela Seleção Brasileira em 1971, mesmo ano em que foi organizado o primeiro Campeonato Brasileiro, com a reunião dos maiores clubes do país e que hoje é a principal competição nacional.
Em 1976, o Brasil foi campeão da Taça Atlântico e venceu os maiores times do continente, como Argentina, Uruguai e Paraguai. Foi nessa competição que a Seleção Brasileira contou com a estréia de Zico. Em 1981, a Seleção fez uma excursão vitoriosa pela Europa e chegou ao mundial da Espanha, no ano seguinte, com uma equipe de primeira linha, com jogos que se assemelhavam a verdadeiros espetáculos.
Em 1989 a Confederação Brasileira de Futebol (CBF, que substituiu a CBD em 1979) criou a Copa do Brasil, competição que reúne clubes de todas as divisões e estados do país.
A Seleção Brasileira só voltou a conquistar a Copa do Mundo em 1994, com o atacante Romário. No ano seguinte foi vice-campeão da Copa América, medalha de bronze na Olimpíada de Atlanta em 1996, campeão da Copa América e da Copa das Confederações em 1997 e vice da Copa da França em 1998.
Em 2002, graças aos gols de Rivaldo e Ronaldo, o Brasil ganhou seu quinto título mundial.
E se a Seleção brilha, os clubes também não ficam atrás. Vários já foram campeões do mundo e hoje são verdadeiros “laboratórios” de craques que ganham visibilidade internacional. A cada dia surgem novos garotos apaixonados pelo esporte e que desejam seguir nessa carreira de muito trabalho, disciplina e treino intenso.
Fonte: Portal do Brasil
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