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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Combate à homofobia é tema de debate no CONEB da UNE




Entre as atividades auto gestionadas realizadas na tarde do sábado (15), aconteceu o encontro que reuniu estudantes de todo o Brasil







Bem humorados e cheios de vontade de transformar a sociedade, dezenas de estudantes participaram do Grupo de Trabalho (GT) LGBT do CONEB da UNE, que contou com a participação do presidente do E-Jovem, Chesller Moreira, e do diretor da primeira escola para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais  (LGBT) do Brasil, Deco Ribeiro. A escola é sediada na cidade paulista de Campinas.

O E-Jovem foi criado em Campinas, em 2004, por jovens que, desde 2001, publicavam o site E-jovem.com. Com o surgimento do grupo, foi possível coordenar uma rede nacional de adolescentes e jovens ativistas no combate ao preconceito e à discriminação, principalmente contra homossexuais.

Participaram ainda do encontro membros de coletivos universitários de diversidade sexual e a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais, e outras organizações LGBT.


A diretoria LGBT da UNE aproveitou a ocasião para lançar a campanha “Combate à homofobia: essa luta nos UNE”. “Através do movimento estudantil, diversas ONGs parceiras do movimento LGBT estão encontrando as portas abertas nas universidades para debater”, declarou o diretor LGBT, Denilson Alves. Ele explicou aos participantes do GT a iniciativa, cujo objetivo é atuar
em três frentes: o reconhecimento de que a homofobia existe, a identificação do problema e, finalmente, o combate.


“Não vamos conseguir acabar com a homofobia em um ambiente racista, em um ambiente machista. E isso precisa entrar na pauta para ser discutido”, afirmou uma estudante da Bahia, lembrando que é preciso reconhecer primeiramente que o machismo existe. “Com a eliminação da homofobia, a sociedade como um todo melhora”.

Além de membros de coletivos de diversas universidades brasileiras, também contribuíram com a discussão estudantes da Federal do Rio como o aluno de história da UFRJ Gustavo, 19 anos, que questionou sobre a existência de delegacias especializadas no tratamento das queixas e crimes de homofobia. Foi informado de que ainda não há um distrito específico, mas que em São Paulo as vítimas registram casos os casos de gênero na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

“Quando estamos lutando pela criminalização da homofobia, estamos lutando por vidas”, afirmou Deco Ribeiro. Segundo ele, esse tipo de campanha tende a amenizar o preconceito nas universidades e escolas.

Também entrou em pauta outro assunto fundamental no ambiente escolar: a qualificação dos profissionais das escolas para lidar como a homossexualidade das crianças e adolescentes.  Alguns participantes compartilharam histórias que demonstram bem o despreparo de muitos profissionais da educação em diversas situações, causando constrangimento e consequentemente a evasão dos bancos escolares. "É preciso investir na qualificação dos docentes. Não é pra que eles lidem com a diferença, mas que eles tratem todos os alunos de forma igual", afirmou uma estudante.

Foi discutida ainda a 9ª edição Encontro Nacional Universitário da Diversidade Sexual, o Enuds, que deve acontecer ainda este ano. “O GT foi importante principalmente para provocar a reflexão”, concluiu Denilson, convocando os participantes para uma plenária do movimento LGBT no CONEB.

Por: Sandra Cruz
Fonte: www.une.org.br 


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