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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Feminino em questão: “...Mulher brasileira em primeiro LUGAR...”

É inegável a força desta expressão em nossa atualidade, as mulheres, enfim, estão ocupando seus postos de direito e, atuando de maneira incrível mediante nossa sociedade machista; Sim, machista, mesmo com as estatísticas apontando para um número maior de mulheres na população e como elevada inserção no mercado de trabalho, não se deve negar e muito menos ignorarmos as problemáticas existentes na questão feminina.

O machismo na sociedade brasileira é semelhante ao racismo, já está tão naturalizado que faz parte do inconsciente social. Não raro notamos piadas que rebaixam e maculem mesmo inseridas no mercado de trabalho, estão sempre na base, ou seja, são inseridas por baixo; isso sem analisar o mérito étnico-racial que geraria uma maior polêmica e que deve ser tratado em ocasião posterior; mas, não posso aqui deixar de mencionar que cerca 35% das acadêmicas negras formadas, acabam tendo que atuar em áreas que diferem de sua formação e as colocam em profissão rebaixada. Não raro em Rondonópolis-MT encontramos casos como este nos quais as mulheres negras formadas em curso superior, com diploma na mão, trabalhar de vendedoras, faxineiras, lavadeiras, entre outros; não que sejam profissões degradantes; porém, não é o que se espera de acadêmicas.

Infelizmente, temos notado neste machismo incrustado na sociedade brasileira o sentimento de posse, como se a mulher ao se casar, noivar, namorar ou mesmo “ficar”, fosse um objeto comprado, e seu dono só devolver se quando enjoado, cansado do uso ou pior, devolver a mulher espécie de “caixa grande”, para não chocar muito. Nossas mulheres têm sido mortas gratuitamente mediante mentes doentes; muitos me dizem: “mas a ‘Maria da Penha’ está aí”...

Agora pergunto de que adianta punir se o meio é quem gera o fruto?

Só posso dizer que para nossas mulheres esta lei foi um presente-bomba, que se tornou instrumento de punição daquele que já é historicamente oprimido: o pobre, exemplo disso é o silêncio que se faz do caso do triplo homicídio do Restaurante Verde Vale, ou pior da Morte de nossa Pró-Reitora Administrativa do Campus Universitário de Rondonópolis, prof.ª Dr.ª Sorahia Miranda, até onde me consta o mandante não foi a júri e, não me surpreenderia se este fosse inocentado; pois, tudo que vejo é o conformismo e o esquecimento de todos.

Entretanto, apesar de todos os fatores mencionados, vejo que as conquistas femininas continuam a se amargar e aumentar, tenho visto na UFMT/CUR, mulheres notáveis como minha mãe Elizene Barbosa, nossa presidenciável Pâmella Araújo Balcaçar, Grazy Lemes, Aparecida Santos, Dr.ª Lindalva Garske, Dr.ª Analy Polizel que são mulheres que muito me admiram por sua garra, competência e trabalho, muito melhor que muitos “Camaradas” que por aí vivem a “ladrar”, mas pouco fazer, a estas mulheres minha sincera homenagem aqui e, digo mais, nesta Semana da Igualdade Feminina, Mulheres com a inteligência, trabalho eficiente e charme feminino das citadas, conquistaram, conquistam e conquistarão muito mais que a igualdade, neste compasso estão muito próximas da superioridade se com sabedoria continuarem a caminhar, para aí sim sempre termos a mulher brasileira em Primeiro Lugar.

Elizene Barbosa Teixeira é Historiadora, Professora do Cursinho Pré-Vestibular Gratuito “Zumbi dos Palmares” da Prefeitura Municipal de Rondonópolis;

Pâmella Araújo Balcaçar é Tecnóloga em informática, graduando do curso de Ciências Biológicas da UFMT/CUR e Membro do DCE/UFMT/CUR.

Graziely dos Reis Lemes estar graduando do curso de Ciências Biológicas da UFMT/CUR e Membro do CUCA/UFMT/CUR.

Aparecida de Jesus Santos estar graduando do Curso de Psicologia da UFMT/CUR e pesquisadora Extensionista do Programa Conexões de Saberes UFMT/CUR; além de ser membro do Movimento Negro de Rondonópolis;

Dr.ª Lindalva Garske é Diretora do ICHS/CUR/UFMT.

Dr.ª Analy Castilho Polizel é Coordenadora e Professora do Curso de Engenharia Agrícola E ambiental da UFMT/CUR.

Por: Felipe Barbos Teixeira

3 comentários:

  1. Realmente é a mais pura verdade nesta nossa sociedade. Infelismente, as mulheres são subjugadas e quando alcançam papeis importantes na sociedade não são por vezes, valorizadas. Na realidade, vejo um círculo vicioso onde o meio cria os machistas e que é repassado de geração em geração. Vamos dizer um basta a valorização do superficial e do supérfluo. Vamos garantir dignidade a todos com capacidade suficiente de formar opinião: mulheres, negros, índios, mestiços, crianças, etc., enfim, brasileiros...

    Walter Corrêa Carvalho Junior
    Engº Sanitarista
    Cursando Especialização em Tecnologia Ambiental - UFMT/CUR

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  2. Muitas pessoas são incapazes de enxergar tais fatos meu caro Felipe, e é para mim extremamente fantástico que penses assim, sua defesa é um grande achado para nossa sociedade, que permaneças com essa sensibilidade aguçada.
    Quanto ao fato de uma certa Grazy estar inclusa no texto, só devo dizer que fico muito feliz que veja essa mulher com tais olhos

    Grazy Lemes, Cuqueira do CUCA CHEIA e fã do Lipe

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  3. Realmente aos poucos as mulheres estão conquistando seu espaço nessa sociedade machista e racista. Muitas mulheres hoje são capacitadas para um trabalho, porém, se existir um homem na concorrência, esse toma a vaga da mulher. Outro Caso importante lembrar também seria o de Mércia Nakashima, os autores do crime ainda estão em liberdade. É como diz a pergunta mesmo:"De que adianta punir se o meio é quem gera os frutos?"
    Onde está a justiça nesse hora? A lei Maria da Penha? São coisas ussadas para desviar nossa atenção e assim termos a falsa idéia de que o governo faz algo para resolver a situação.
    Parabéns por lembrar desse dia especial não só para as mulheres, mas para todos, quem sabe assim esse machismo acabe.

    Jonatan B. Teixeira, irmão do Felipe e filho da Elizene.

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